terça-feira, 09 de agosto, 2016

Redução de resíduos exige incentivo

Incentivar o consumo consciente, que priorize produtos com menor pegada ambiental, é o caminho para um mundo mais sustentável. Isso também passa pela reutilização de insumos, com o objetivo de reduzir o descarte e o volume de resíduos nos aterros. É por isso que o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) do governo federal ganha destaque entre as políticas ambientais vigentes atualmente no nosso país, ao estabelecer a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos por parte da cadeia produtiva.
Um passo importante dado nesta direção é o compromisso voluntário da indústria brasileira de embalagens, em geral, para instituir um sistema de logística reversa visando à redução de resíduos secos recicláveis nos aterros sanitários do País. O pacto, que tem a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) entre seus signatários, garante a criação de um sistema de recolhimento e destinação adequada dos produtos, de forma a fortalecer canais de logística reversa, garantindo também a execução do Plano Nacional.
Na prática, isso significa um menor volume de materiais descartados e aumento dos índices de reaproveitamento. Assim, o setor de papel terá contribuição fundamental no acordo para logística de embalagens, assinado entre o governo, a indústria e os catadores. Por ser um produto de fácil reaproveitamento, o papel tem alta taxa de reciclagem no Brasil, sendo esta uma tradição já incorporada em seu processo produtivo. Prova disso é o alto índice de recuperação - quase 60% - daquilo que é consumido.
A sustentabilidade é uma característica que acompanha o produto desde o início. No Brasil, 100% da produção de papel, incluindo os de embalagens, tem origem nas árvores plantadas, com ciclo de colheita e plantio anual, em um processo renovável e sem causar desmatamento, além de preservar a biodiversidade por meio de técnicas como o plantio em mosaicos, no qual árvores para fins industriais se intercalam com as nativas.
Mas para garantir a execução do PNRS é necessário também incentivar o uso da matéria reciclada. É necessário que o governo trabalhe para estimular a demanda e flexibilizar normas que restringem o uso de recicláveis e vão contra a política de redução dos resíduos sólidos.
É preciso ainda garantir que importadoras também sejam responsabilizadas pela destinação correta e reaproveitamento das embalagens que vêm do exterior, envolvendo os produtos internacionais comprados por empresas e pelo próprio consumidor pela internet, por exemplo. Os fabricantes e empresas brasileiras não podem assumir a responsabilidade pelo volume de material importado que vai para os aterros.
Assim, o setor de árvores plantadas está pronto para cumprir sua parte no Plano Nacional de Resíduos Sólidos e espera o comprometimento de todos os elos da cadeia para que o sistema proposto alcance todos os seus objetivos.
DCI
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