sexta-feira, 15 de julho, 2016

Renuka do Brasil deve propor venda de usinas para pagar credores

A Renuka do Brasil, pertencente à indiana Shree Renuka Sugars e que está em recuperação judicial desde outubro de 2015, deve propor a venda de uma de suas unidades industriais em São Paulo para ser incluída em um novo plano de recuperação judicial. A companhia está há dois meses em negociações com os credores para acertar o pagamento de uma dívida de R$ 2,3 bilhões.
A alternativa, levantada inicialmente por parte dos credores, foi apresentada hoje aos demais credores em assembleia geral. A assembleia foi suspensa para que essa possibilidade seja discutida com mais profundidade nos próximos dias e incluída em um novo plano a ser votado em uma nova assembleia, que foi marcada para 26 de julho.
A unidade que pode se transformar em uma unidade produtiva isolada (UPI) e ser alienada é a usina Madhu, localizada no município paulista de Promissão, que está operando nesta safra. O valor da planta ainda deverá ser estudado nos próximos dias. Porém, como o tempo para a nova assembleia é curto, não há garantias de que o novo plano seja apresentado antes do dia 26.
Se a alienação da usina Madhu for acertada, a prioridade da Renuka será utilizar o valor levantado para pagar os credores que têm a maior parte da dívida da companhia, como bancos fornecedores, afirmou Tony Rivera, diretor jurídico da companhia, ao Valor. Já os débitos com  credores trabalhistas e  pequenas e médias empresas seriam pagas preferencialmente em dinheiro.
Com a venda da planta de Promissão, a Renuka do Brasil passaria a administrar somente a usina Revati, localizada em Brejo Alegre (SP).
A assembleia geral de credores foi instalada inicialmente em 10 de maio, mas já foi suspensa duas vezes por falta de acordo com os principais credores sobre os termos propostos. Entre os bancos credores estão BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Rabobank, Santander, Votorantim, Itaú Unibanco, Novo Banco, Bilbao Viscaya, Banco Pan, HSBC, Fibra e ABC Brasil.
Além da Renuka do Brasil, também está em recuperação judicial a Renuka — Vale do Ivaí, que administra duas usinas no Paraná e tem uma dívida de R$ 709,4 milhões. O plano de recuperação foi aprovado em assembleia em junho, mas uma das quatro classes de credores, que tem garantia real, não votou pelo plano. Mesmo assim, há expectativa de que o juiz homologue o plano mesmo sem a aprovação dessa classe de credores, já que a proposta teve aceitação de 75%.
Valor Econômico
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