quinta-feira, 28 de julho, 2016

Medicamentos e plásticos fazem Bayer ter lucro maior no trimestre

A companhia química e farmacêutica alemã Bayer reportou alta de 18,6% no lucro líquido do segundo trimestre, beneficiada pelo forte crescimento nos negócios de medicamentos e plásticos especiais, ao mesmo tempo em que elevou a previsão de ganhos em 2016.
Os bons resultados vêm no momento em que a Bayer, dona do analgésico Aspirina, tenta dar prosseguimento a que pode ser a maior aquisição de sua história — uma oferta de US$ 65 bilhões pela Monsanto — e investidores e analistas acompanham de perto para ver se a empresa alemã tem os recursos para cobrir sua oferta pela gigante americana de agroquímicos.
O lucro líquido da companhia alemã para o período encerrado em 30 de junho foi 1,38 bilhão de euros, frente a 1,15 bilhão de euros um ano antes, em linha com as previsões de analistas, que esperavam ganho de 1,38 bilhão de euros, de acordo com pesquisa recente realizada pelo “The Wall Street Journal”.
A Bayer elevou ainda sua previsão de lucro no ano e informou que pretende ampliar o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) antes de itens especiais em uma “porcentagem alta de um dígito”.
No entanto, a empresa reduziu sua previsão de vendas para 2016, para um intervalo de 46 bilhões de euros a 47 bilhões de euros, em comparação à previsão anterior de vendas acima de 47 bilhões de euros.
As vendas no trimestre caíram ligeiramente, para 11,83 bilhões de euros, pressionadas por praticamente todas as divisões, com exceção da farmacêutica. As vendas da divisão de medicamentos subiram 5,5%, para 4,1 bilhões de euros, beneficiadas pelo sucesso no lançamento de novos remédios campeões de venda, incluindo o anticoagulante Xarelto.
O Ebitda antes de itens especiais cresceu 5,7%, para 3,05 bilhões de euros, impulsionado pela atividade farmacêutica e pela unidade de plásticos especiais, recentemente separada na Covestro AG.
No entanto, a divisão Crop Science mostrou Ebitda antes de itens especiais 8,2% menor no trimestre, para 663 milhões de euros, em meio às difíceis condições de mercado na agricultura. O negócio, porém, experimentou forte crescimento das vendas na região Ásia-Pacífico, indicou a companhia.
Em relação à oferta pela Monsanto, a Bayer informou que vai perseguir o negócio, apesar das preocupações de alguns acionistas de que a aquisição pode remodelar o portfólio da companhia em detrimento da lucrativa divisão de produtos farmacêuticos.
Valor Econômico
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