terça-feira, 12 de julho, 2016

Heineken fecha fábrica na BA e redireciona produção para CE e SP

A Heineken informou em comunicado que a decisão foi tomada devido à “necessidade de levar a operação da companhia a outro patamar de excelência, mantendo sua sustentabilidade econômica”. A empresa levou em consideração o fato de não conseguir vender os produtos no próprio Estado da Bahia e o custo para escoar a produção para outros Estados.
A produção da unidade de Feira de Santana foi transferida para as unidades de Pacatuba (CE) e Araraquara (SP). A companhia informou que analisa transferir alguns funcionários para outras fábricas que possui no país.
A Heineken possui fábricas em Ponta Grossa (PR), Gravataí (RS), Paracatuba (CE), Jacareí (SP), Araquara (SP) e Itumbiara (em fase de construção). A companhia tem capacidade de produção de 19 milhões de hectolitros por ano e prevê chegar a 25 milhões de hectolitros por ano até 2018, com a instalação da fábrica em Goiás e a expansão da unidade no Paraná.
De acordo com informações do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas da Bahia (Sindbeb-BA), dos 123 funcionários desligados da empresa, em torno de seis foram transferidos para outras unidades. Outros dez ficam na unidade da Heineken até o fim do ano para cuidar da documentação de encerramento da unidade e venda do maquinário.
Em acordo com o sindicato, a Heineken pagou além da rescisão do contrato, seis meses de assistência média, seis meses de vale alimentação, e de 1 a quatro salários extras, variando de acordo com o tempo de casa de cada funcionário.
O fechamento de fábricas é uma das ações adotadas pelas cervejarias para melhorar produtividade e cortar custos. A Brasil Kirin vendeu recentemente uma planta industrial que possuía em Cachoeiras de Macacu (RJ) para a Ambev, como parte do plano da companhia de reestruturar a operação no Brasil e economizar R$ 200 milhões neste ano. A Ambev também fechou uma fábrica em Natal no fim do ano passado, após o governo do Rio Grande do Norte aumentar a alíquota do ICMS para cerveja de 27% para 29%.
A Heineken é a terceira maior cervejaria no mundo e também a terceira no Brasil, atrás de Ambev e Grupo Petrópolis. A companhia fechou o primeiro trimestre do ano com crescimento em volume de “um dígito médio” (entre 5% e 7%) no Brasil, sendo que as vendas da marca Heineken mantiveram o ritmo de avanço de dois dígitos, em comparação ao mesmo intervalo de 2015.
O desempenho da empresa ficou acima da média do mercado. De acordo com dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal, no primeiro trimestre, a produção local de cerveja caiu 6,8%.
Valor Econômico
Produtos relacionados
Ver esta noticia em: english espanhol
Outras noticias
DATAMARK LTDA. © Copyright 1998-2024 ®All rights reserved.Av. Brig. Faria Lima,1993 3º andar 01452-001 São Paulo/SP