Venda de bebida em cápsulas pode duplicar até 2019

A facilidade para preparar um café em cápsula está conquistando cada vez mais gente. Uma pesquisa do instituto britânico Euromonitor apontou que a venda mundial de cápsulas alcançou o equivalente a R$ 1,4 bilhão em 2015 e a estimativa é que atinja R$ 2,96 bilhões em 2019. No Brasil, embora as cápsulas estejam presentes em apenas 1% dos lares, o potencial de crescimento médio é de 10% ao ano na próxima década. Um termômetro do crescimento foi a ampliação de 52,4% nesse mercado de 2013 para 2014. A projeção e os dados são da associação das indústrias de café. De olho neste filão, o Octavio Café lançou sua linha de cinco variedades 100% arábica em maio do ano passado. "Essa tendência veio para ficar", diz a gerente de qualidade e atendimento, Tabatha Creaso. "Há uma piada no meio: se você tirar o expresso perfeito, não sirva; beba. Há muitas variáveis na elaboração e a cápsula possibilita que qualquer pessoa faça um bom expresso", conta, para explicar a demanda crescente A Brasil Espresso, também começou, em abril do ano passado, a investir nas cápsulas de grãos gourmet. A empresa, detentora da marca centenária Café do Centro, além da Astro Café e da recém- adquirida Madame D'Orvilliers, anunciou crescimento de 30% entre 2014 e 2015. Em julho de 2015 foi a vez do Café do Ponto e Café Pilão ingressarem nesse mercado. "Levamos a tradição do café forte do Brasil para a versão cápsula", diz o diretor de marketing da JDE Brasil, Ricardo Souza. A Suplicy também começou a vender cápsulas, em fevereiro do ano passado."É o mercado da vez", opina o CEO Cristiano Almeida. Segundo ele, a marca já vendeu uma tonelada de café em forma de cápsulas.