São Paulo - Ainda muito pulverizado e sem grandes playeres, o mercado de compra, venda e reparo de smartphones acaba de ganhar um concorrente de peso: a Phonup. Com um plano de expansão ambicioso, a empresa quer abrir uma unidade a cada 50 mil habitantes.
Para conseguir atingir essa meta, a empresa atuará por meio de franquias, e contratou a consultoria Global Franchise para negociar com investidores brasileiros. "No Brasil, o investimento é de 150 mil reais a 250 mil reais para montar uma loja, enquanto que, para montar um quiosque, o valor fica entre 75 mil reais a 90 mil reais", diz o diretor da Global Franchise, Paulo Cesar Mauro.
A decisão da empresa de entrar no mercado brasileiro não foi sem motivo. Segundo levantamento da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel), o Brasil alcançou a marca de mais de 250 milhões de celulares neste ano, o que representa uma média de 120 celulares por 100 habitantes.
Além disso, segundo o último balanço da consultoria IDC, divulgado na semana passada, a venda de smartphones no Brasil voltou a crescer após cinco trimestres de queda. Entre os meses de julho e setembro foram vendidos 12,55 milhões de dispositivos no País, sendo 11,13 milhões de smartphones e 1,4 milhão feature phones (aparelhos convencionais, sem sistema operacional). Este número é 7,2% que o visto no mesmo período de 2015 e 4,2% maior na comparação com o segundo trimestre de 2016. Do total vendido no período, 4,5% são iOS e 95,5% Android.
Mercado bilionário
Além da alta nas vendas, o que mostra a pujança deste mercado, um estudo recente feito pela Deloitte aponta que o mercado de smartphones usados movimenta US$ 17 bilhões no mundo. Somando cerca de 120 milhões de aparelhos comercializados. "O preço médio por aparelho é de US$ 140, e é algo que quase ninguém enxergou até agora", diz a Phonup, por meio de nota.
A empresa, fundada em 2009 por Gerardo Taglianetti, começou de modo virtual a vender os aparelhos e, de lá pra cá, ampliou o portfólio com novos serviços e, em 2014, entrou no modelo de franquias na Itália. Hoje, a empresa conta com dez unidades na Itália, uma na Inglaterra e, em menos de três anos, já vendeu mais de 30 mil smartphones usados e reparou mais de 10 mil. Segundo a empresa, as vendas médias anuais de uma loja na Europa são de 625 mil euros, com rentabilidade líquida de 15%.
DCI
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