terça-feira, 13 de dezembro, 2016

Demanda por material agregado para construção cai 20% em 2016

A demanda por material agregado para a construção civil vai fechar este ano com uma queda de 19,84%, segundo projeção da Anepac (associação do segmento).
Essa é uma indústria que fornece para todos os segmentos de obras, desde construção própria até grandes projetos de infraestrutura.
Clientes de diferentes tamanhos deixaram de encomendar, diz Fernando Valverde, presidente da entidade.
"Acabaram os Jogos Olímpicos, que exigiram obras, os Estados quebraram e não há novas concessões. No segmento de moradia não acontecem nem mesmo reformas, pois a confiança está baixa."
Os resultados foram negativos nos últimos três anos e o volume atual da demanda, 416 milhões de toneladas, aproxima-se do de 2006.
A projeção da associação é de que em 2017 haja a quarta queda consecutiva, mas menor, dessa vez de 5%.
O ritmo de fechamento de empresas, no entanto, vai se acelerar, prevê Antero Saraiva, presidente do sindicato da brita de São Paulo.
"Viemos de um boom econômico e as empresas tinham fôlego financeiro que foi consumido nesses dois anos, mas agora estão em um patamar baixo e, em 2017, deverá haver mais portas fechadas."
Ainda que haja licitação bem-sucedida de concessões no ano que vem, as compras de materiais não deverão ser afetadas, afirma a economista Mariana Oliveira, da consultoria Tendências.
"Leilões vão sair, mas o impacto será limitado, pois o negócio tem ciclos longos. As concessões têm perspectiva melhor: o setor público, com o ajuste fiscal, não deve construir, e o imobiliário tem estoque alto para ser esgotado."
Folha de S. Paulo
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