sexta-feira, 11 de setembro, 2015

Raízen expande negócio de combustíveis no Centro-Oeste e procura ganhos no Sul

SÃO PAULO - A Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, inaugura nesta quinta-feira um novo terminal de combustíveis em Campo Grande (MS), consolidando um plano de 200 milhões de reais em expansão no setor que inclui a renovação de outro terminal na região de Ourinhos (SP).
No Mato Grosso do Sul, a Cosan aposta no crescimento do mercado de combustíveis no Centro-Oeste, região que tem registrado aumentos de 7 a 8 por cento ao ano em consumo, diferentemente de mercados maduros como a região de São Paulo, onde o desempenho está estabilizado.
Na área de Ourinhos (SP), um histórico entroncamento de transporte do centro para o sul do país, a empresa triplicou a capacidade de armazenamento de combustíveis e implantou modal ferroviário completo buscando ganhos na arbitragem de combustíveis.
"Estamos concluindo investimentos que foram planejados há três anos", disse Nilton Gabardo, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios.
Segundo ele, no terminal de Ourinhos haverá ganhos de eficiência no transporte de biodiesel de áreas produtoras no Rio Grande do Sul para o mercado do Sudeste, e ao mesmo tempo no caminho inverso levando etanol de São Paulo para mercados no Sul, onde o consumo do biocombustível de cana está crescendo.
"Os vagões virão com biodiesel e voltarão com etanol. Vamos aproveitar essa logística reversa e ter redução do custo do transporte no modal ferroviário", afirmou à Reuters.
A Cosan investiu 70 milhões de reais nos dois terminais, a maior parte do plano de investimento de 200 milhões para a área de combustíveis.
Os demais investimentos se deram em construção de tanques e instalação de outros equipamentos para ajustar a operação a mudanças no setor, com a entrada de um novo tipo de diesel e após o aumento da mistura de biodiesel.
"Entraram a mistura maior de biodiesel e o diesel S10, então hoje são seis produtos básicos, antigamente eram quatro. À medida que isso evolui, tem que ter mais tanques. O maior problema de infra foi acomodar essa logística", disse Gabardo.
No Mato Grosso do Sul, o transporte ainda é majoritariamente rodoviário, mas também haverá logística reversa, levando gasolina e diesel para o local e trazendo etanol para o Sudeste e Sul, já que o Centro-Oeste produz mais etanol do que consome.
DCI - 11/09/2015
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