terça-feira, 29 de setembro, 2015

Alcoa decide se separar em duas companhias

A Alcoa, que tem sido prejudicada pela queda nos preços do alumínio, informou ontem que vai se dividir em duas companhias. Na cisão, será criada uma empresa para reunir os ativos de produção de alumínio e outra voltada a metais leves usados na indústria.
A divisão do grupo deve ser completada no segundo semestre de 2016. Como resultado, a separação vai criar uma empresa de commodities cíclicas que prospera durante picos de demanda e uma companhia de alta tecnologia que se beneficia do aumento do interesse por novas ligas metálicas e por titânio usado em aviões e carros.
Os negócios de alumínio do grupo continuarão sob o nome Alcoa. A nova empresa que surgirá com a divisão ainda não teve marca definida.
Em março deste ano, a Alcoa já havia decidido parar a produção de alumínio primário no Brasil, uma atividade eletrointensiva que vem sofrendo com a forte elevação nos custos da energia elétrica no País.
Segundo Milton Rego, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o setor vive seu pior cenário dos últimos 30 anos. "Estamos no limite da sobrevivência. Se essa situação não mudar logo, em dois anos podemos chegar ao ponto de não ter mais uma indústria sequer de alumínio no País."
Para este ano, o que se espera é uma situação ainda pior, com apenas 780 toneladas de alumínio primário produzidas, mesmo volume que o Brasil entregava em 1985. No ano passado, o volume chegou a 962 toneladas.
DCI
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