sexta-feira, 27 de fevereiro, 2015

Mercado de notebooks resiste a avanço de tablets e celulares

A morte anunciada dos PCs — vitimados pela enxurrada de smartphones e tablets no país — está longe de ser realidade no segmento de notebooks. A expectativa da Samsung é de que o mercado de computadores portáteis no Brasil cresça 5% em 2015, com um total de 5,8 milhões de unidades vendidas, mas a sul-coreana projeta uma expansão mais de duas vezes superior à média do mercado nacional para este ano. Para manter a liderança na categoria de notebooks, conquistada em 2011, vai focar seus esforços em máquinas mais sofisticadas e ampliar a presença dos computadores na rede de mais de 150 lojas da marca Samsung espalhadas pelo Brasil.
“O notebook ainda está entre os três dispositivos mais desejados pelo consumidor brasileiro”, diz Sandra Chen, diretora da área de Notebooks da Samsung Brasil, com base num ranking de intenção de compra encabeçado pelo celular e pelo televisor. Em números aproximados, os produtos de entrada (mais básicos) respondem por um terço das vendas de notebooks da Samsung no país, enquanto os de maior valor agregado representam dois terços. Neste ano, a sul-coreana vai reforçar essa segunda categoria, a que mais cresce no Brasil, sem deixar de lado os notebooks mais básicos. “Enquanto o mercado vai crescer 5%, vamos avançar mais de dois dígitos este ano”, estima Sandra.
Entre maio e junho, a companhia lança no país um segundo modelo da família de notebooks Chromebook, desenvolvida a partir de parcerias do Google com fabricantes. Em 2014, a empresa já havia lançado no Brasil um primeiro modelo do Chromebook, laptop que roda o sistema operacional Chrome OS, do Google. Nesse caso, o público alvo é de jovens e universitários, mais confortáveis com a ideia de armazenar boa parte de seus dados na nuvem computacional, conforme acontece no Chromebook. “Ele não é para todo mundo. Para o usuário mais focado em produtividade, por exemplo, recomendamos outro produto”, destaca a executiva da Samsung Brasil.
Também entre maio e junho está previsto o lançamento de novas máquinas da linha ATIV Book, num total de mais de 20 produtos distintos em cinco categorias. A diversidade de configurações e de design é uma tentativa de atingir um público consumidor mais variado. “Dois anos atrás, se questionava no mercado se o tablet estava canibalizando o notebook. Essa não é a realidade hoje no Brasil”, argumenta a diretora da Samsung Brasil, lembrando que a penetração do produto entre a classe C é inferior a 40%. O objetivo não é brigar por preço, mas manter produtos de entrada para atrair o brasileiro que pretende comprar seu primeiro notebook. Esses consumidores, somados àqueles que buscam um laptop mais sofisticado para substituir o antigo, devem ser responsáveis pelos 5,8 milhões de unidades a serem vendidas no Brasil em 2015, por diferentes empresas.
Dentro da estratégia de focar no segmento de maior valor agregado, a Samsung vai reforçar as lojas próprias como canal de distribuição de computadores, informa Sandra. Criadas inicialmente para comercializar os celulares da marca, as lojas conceito incorporaram também computadores ao seu portfólio de produtos, mas ainda de maneira tímida — os notebooks estão disponíveis em apenas algumas unidades. Nos planos de médio e longo prazo da Samsung, o notebook aparece como peça relevante na teia de dispositivos vestíveis que começam a ser lançados, como parte da chamada Internet das Coisas. Para este ano, a sul-coreana prevê investir mais de US$ 100 milhões em comunidades de desenvolvedores que trabalham com projetos relacionados à Internet das Coisas.
Brasil Economico
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