Coty quer comprar marca da Chanel

A fabricante americana de produtos de beleza Coty, das marcas Rimmel, Calvin Klein e Davidoff, lançou uma oferta à Chanel para compra da marca de cosméticos Bourjois, com pagamento em ações. O plano é ampliar a expansão internacional.
A francesa Chanel receberia 15 milhões de ações da Coty, avaliadas em aproximadamente US$ 240 milhões, para vender a marca de cosméticos vendidos em 50 países, ficando com participação de 16% na Coty. "Vamos analisar a oferta em detalhes e entrar em negociações com a Coty", disse Michael Rena, porta-voz da Chanel.
A oferta é a mais recente jogada da Coty para reequilibrar a linha de produtos e aproveitar melhor oportunidades de crescimento no mercado internacional. Depois de não ter conseguido comprar a Avon em 2012 por mais de US$ 10 bilhões, a Coty fez uma oferta pública inicial de ações para reforçar o caixa e buscar aquisições na expansão internacional. Mas a operação, de US$ 1 bilhão, em junho de 2013, não animou investidores.
Assim como ocorre com a L'Oréal e a Estée Lauder, o crescente poder de compra da classe média nos países emergentes continua a exercer poder de atração sobre a Coty, apesar das dores de cabeça relacionadas que a empresa teve com a aquisição de participação de US$ 400 milhões na marca chinesa de produtos para pele TJoy, em 2010.
Em fevereiro, Coty e Avon anunciaram acordo para vender perfumes da Coty por meio de representantes da Avon no Brasil.
Bart Becht, presidente do conselho de administração e CEO interino da Coty, disse que a aquisição da Bourjois vai ajudar a empresa a alcançar mais consumidores na Europa Ocidental, onde é uma das líderes de mercado, assim como no Oriente Médio e Ásia.
O CEO assumiu o comando da empresa em setembro. Foi a segunda mudança de comando em pouco mais de dois anos. Bernd Beetz, que liderou a Coty por longo tempo e assumiu posição de evidência na batalha pública pela aquisição da Avon, saiu em 2012.