Levantamento divulgado pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) indica que as entregas do insumo no último mês somaram 3,59 milhões de toneladas, apenas 0,5% aquém de agosto de 2014. Com isso, nos primeiros oito meses de 2015 as entregas totalizaram 18,56 milhões de toneladas, redução de 6,4% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Essa queda chegou a ser de 12% até maio, e depois caiu para 9,6% e 7,7% nos dois meses seguintes, o que reforça a gradativa recuperação da demanda.
Com a menor aplicação na produção de grãos e na renovação de canaviais, os fertilizantes fosfatados seguem como a categoria mais impactada este ano: a redução das vendas chega a 10,2%, para 2,67 milhões de toneladas. Na sequência, vêm os fertilizantes nitrogenados e os potássicos, com baixas de 9,4% e 6,9%, a 2,13 milhões e 3,06 milhões de toneladas, respectivamente.
Principal produtor nacional de grãos, Mato Grosso continuou a liderar as entregas. De janeiro a agosto, foram 3,77 milhões de toneladas, seguido pelo Paraná, com 2,67 milhões, e o Rio Grande do Sul,com 2,08 milhões de toneladas.
A disparada do dólar em relação ao real contribuiu para que os agricultores brasileiros postergassem, e mesmo diminuíssem, as compras de adubos este ano. Pressionadas pelo câmbio desfavorável, as importações desses insumos caíram 16,8% em agosto, para 2,08 milhões de toneladas, e 10,3% no acumulado do ano, a 14,26 milhões de toneladas.
Diante da menor competição com o produto trazido do exterior, a produção nacional de fertilizantes voltou a avançar, conforme a Anda. O crescimento no mês passado foi de 1,4%, para 802,8 mil toneladas. De janeiro a agosto, a alta chegou a 4,6%, para 5,95 milhões de toneladas.
Já as exportações de fertilizantes e formulações NPK (sigla para nitrogênio, fósforo e potássio, considerados elementos essenciais na adubação) recuaram 18,7% no acumulado do ano, para 398,73 mil toneladas.
Valor Economico
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