Thursday, September 17, 2015

Juntas, AB InBev e SABMiller teriam mais de 30% do mercado global

No ano passado, a companhia belgo-brasileira controlada pelo 3G Capital dominava 20,8% do mercado global de cervejas em volume, enquanto a rival anglo-sul-africana detinha uma participação de 9,7%, resultando numa presença combinada de 30,5% do mercado mundial, desconsiderados possíveis desinvestimentos exigidos pelas autoridades antitruste.
A união criaria uma líder de mercado com presença mais de três vezes maior que a da terceira colocada global, a holandesa Heineken, com uma fatia de 9,1% do consumo cervejeiro mundial.
O negócio, no entanto, deve enfrentar severas restrições legais quanto à concentração de mercado nos principais países de atuação das empresas.
Segundo a consultoria Euromonitor, nos Estados Unidos, a associação entre SABMiller e MillerCoors deve ser alvo de questionamento antitruste. Outras questão seria o conflito entre a parceria da SABMiller com a Coca-Cola na África e América Latina, uma vez que a Ambev tem um acordo semelhante com a PepsiCo no Brasil. 
Um ganho para as companhias, por outro lado, segundo a Euromonitor, será o avanço regional. A AB InBev ganharia mercado no Oriente Médio e África, enquanto a SABMiller se beneficiaria da presença da rival na América Latina. 
O analista sênior de bebidas alcoólicas da Euromonitor, Spiros Malandrakis, avalia porém que o negócio pode marcar o ocaso da era das grandes fusões e aquisições no mercado cervejeiro.
“À medida em que o movimento de cervejarias artesanais amadurece e solidifica sua posição como uma força disruptiva estratégica no mercado cervejeiro e de bebidas alcoolicas em geral, a consolidação entre empresas pode oferecer algumas últimas gotas de inebriação ao mercado de ações, mas continuará irrelevante para jovens que buscam alternativas às ofertas das grandes cervejarias”, afirma o analista. “Inovação e experimentação em pequena escala decidirão as trajetórias futuras de crescimento”, conclui Malandrakis. AB Inbev 20,8% SABMiller 9,7%, Heineken 9,1%, Carlsberg 6,1% ,China Resources 6%, Tsingtao 4,7%, Molson Coors 3,2%, Beijing Yanjing 2,8%, Kirin 2,3%, Asahi Group 1,2%
Fonte: Euromonitor
Valor Economico
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