Fabricante de produtos de cimento prevê crescer até 4%

Com faturamento estimado em R$ 9,4 bilhões no ano passado, a indústria de produtos de cimento deve encerrar 2013 com crescimento de 3% a 4%, na avaliação do presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento (Sinaprocim), José Carlos de Oliveira Lima. "A cadeia da construção, historicamente, cresce o dobro do PIB [Produto Interno Bruto], mas esse tem sido um ano bastante atípico", disse Lima ao Valor.
Muitos altos e baixos, em curto período de tempo, têm marcado o ano para o setor, que, apesar da instabilidade, vê crescimento e aposta que 2014 pode ser "bom". "2012 foi um ano ruim de modo geral para a construção", afirma Lima. "Neste ano, devemos crescer até 4% e, em 2014, não é nada absurdo pensar em alta de 5%.
Conforme Lima, os oito grandes grupos que constituem o setor de produtos de cimento têm exibido realidades distintas, e aqueles que estão expostos ao segmento habitacional têm mostrado desempenho melhor do que os voltados à infraestrutura. Melhora do poder aquisitivo, maior disponibilidade de crédito e os esforços do governo para redução do déficit habitacional impulsionaram os negócios na área imobiliária, o que se refletiu na venda de produtos de cimento usados nessas construções.
Por outro lado, o segmento de tubos de concreto, por exemplo, que é mais sensível à realização de grandes obras, tem mostrado desempenho mais fraco. "Embora exista algumas incertezas relacionadas a infraestrutura, o segmento de construções industriais, que está relacionado a shoppings e galpões, por exemplo, parece estar se saindo um pouco melhor", disse.
A perspectiva otimista para o próximo ano, incluindo o setor de infraestrutura, deve-se à previsão de investimentos na área de petróleo e gás e transportes e logística, além da manutenção do ritmo de crescimento do segmento habitacional. "Houve o leilão do pré-sal, há aeroportos em licitação, rodovias e ferrovias. A perspectiva é boa", enfatizou Lima.